Mostrando postagens com marcador opinião. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador opinião. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Efemérides dissonantes

Vamos lá! Algumas coisas ficaram oscilando na minha cabeça nos últimos dias, seguem-se breves considerações do que a mídia considerou relevante.

Na última semana o Copom aumentou o percentual de juros na calada da noite, na passada de quarta para quinta e, na sexta o SINE - orgão ligado ao governo - solta nota: emprego com carteira assinada bateu recorde entre os últimos três governos. Coincidências à parte, ou argumentações interessadas, e quiçá fabricadas, longe de mim considerar estranho essas coisas que acontecem de um dia para outro (oh ironia), mas falar que o emprego cresce, enquanto o consenso diz que juros altos entravam crescimento econômico... não que estejam errados, mas sabe-se lá... os economistas fazem ótimas previsões do passado... ou jogadinha do governo para desviar o foco. A vida é feita de dilemas... (Sorrateiros ou não, a elite agradece, pois ela investe em mercado financeiro. sem falar no investidor estrangeiro... É aquela coisa, nunca vi ninguém preocupado quando o William Bonner fala que a bolsa fechou em baixa ou alta, para nós povo, não temos grana para certos joguetes do capital) .

Por tragédias... como não esquecer de outro foco que o circo se vangloria: Meus Deus, estarrecidos estamos. Peplerxos na frente da TV assistindo a desintegração da instituição familiar brasileira... isso soou até bonito. Pais que matam seus filhos, que rumo nós tomamos? E antes quando se tratava de fanticídio, a China era olhada como os comunistas comedores de criancinha... A opinião pública abalada. Sim, temos uma Madeleine Brasileña: Isabella. Duas inocências perdidas, duas vidas interrompidas. A diferença que ao invés de esconderem o corpo, acharam sagaz jogá-lo pela janela. Claro né, num país caótico, onde pessoas sentem-se encarceradas em casa e onde a justiça tarda e falha, como seria fácil dizer: "Foi um desses favelados que entraram aqui roubaram e são tão maus que decidiram jogar uma criança pela janela!" Mas não colou. Pera lá! No Brasil a gente engole muita coisa - todo dia e descendo quadrado, mas essa é demais. Agora, dois pontos. Como tudo que sai na Globo vira moda, em menos de uma semana duas crianças foram lançadas pela janela (em Contagem, a outra não lembro). Entretanto, como as duas outras não moram em bairros nobres em São Paulo e nem Copacabana... o auê fica focalizado. Parece que existe um moralismo tendencioso no ar, o filho do pobre pode morrer né?! Mas a linda criancinha de classe alta não, não pode. É uma tragédia, quiçá um sacrilégio. Segundo ponto: têm duas semanas que todos os noticiários transmitem com dois links ao vivo no horário nobre, na porta da casa dos envolvidos, seriam as "últimas novidades sobre o caso". Essa fedentina forma de jornalismo chamado sensacionalismo. A notícia como espetáculo. O jornalismo tratado de forma económica: vender a exclusividade, o inédito. Lembro de ter assistido no Jornal Hoje uma repórter especulando sobre o caso e , quando à noite, no Jornal Nacional outro repórter com as mesmas especulações antecedentes com uma única informação diferente: que a cela do acusado mede 3 x 9 m. É um roer e corroer a tragédia, apossar do drama das pessoas, julgarem um apoio e usá-las extraindo até a última gota, conforme a sinfonia que a "opinião publica" rege. E, de Tragédias parece que a vida transcorrem por tragédias.

É polêmica... a Ministra Dilma Roussef crucificada pela oposição e caçada pela mídia. Logo ela que comparada com o Dirceu, não possui tanto peso assim para amedrontar os apartidários do PT. Pior que amedronta. Por que tanto medo oposição? Talvez porque ela seria a candidata a próxima Presidência? Se bem que na onda de eleger chefes de estado mulheres está em alta, pode temer oposição. Como diria um comediante na TV: o cartão corporativo não é errado, é você que não têm o cartão certo! O planalto central é assim, terra das arapucas. Como o brasileiro e a impressa tem memória curtíssima, parece que quem criou o cartão foi o governo Lula. Na realidade foi criado no governo FHC e naquela época ninguém ligava muito para esses gastos. quanto já foi gasto? com certeza com Whisky dava para construir muita casa popular... A cobrança da sociedade agora é muito positivo. Mostra que algumas coisas estão mudando, devagar, mas estão. Temos que fiscalizar sim.

De polêmicas e tragédias o "país do futuro" como diziam nos anos 80, vai... agora vai... só se for para o buraco. A epidemia de dengue no Rio de Janeiro somente comprova o quanto o estado fluminense é omisso. Aí o governo municipal e Federal aproveitam e pegam carona. Deixar questão de saúde pública sair do controle de tal proporção que a epidemia tomou: é pura omissão do Estado. Na primeira terça-feira desse mês, em um único dia, aproximadamente, 3000 casos diagnosticados. E o desrespeito ao cidadão? Pois, têm outro fator paralelo a crise: faltam médicos na rede pública hospitalar do Rio. Todo dia aparecia mães dormindo em filas com os filhos, pais insatisfeitos quebrando porta de hospital e muitos com suspeita da doença retornando para casa sem orientação medica. Entra ano sai ano e parece que a gente assiste a mesma reportagem do ano passado, retrasado e por aí vai. Um deja vú constante, cíclico. Jornais noticiando que a Aeronáutica abriria um hospital de campanha - como se fosse a salvação da calamidade. O que me deixou intrigado é que gastaram quase duas semanas para o hospital abrir. Enfim, o que apareceu de gente para consultar no primeiro dia foi acima dos leitos disponibilizados. Talvez os governantes não acreditassem na proporção da crise. Enquanto isso, os hospitais andam na mesma. Sabe, a Globo têm que parar de promover o Rio. Transparece que o país se resume a Copacabana e Leblon. Até quando essa imagem vai ser e ficar inoculada em nossas mentes? As coisas nunca mudam, guerra civil, omissão do Estado e uma policia corrupta no pardieiro denominado cidade maravilhosa!

E isso aí, como se diz: para baixo todo santo ajuda! Ainda mais, no país da esperança.



segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Então é natal...

Só me pergunto porque as pessoas tiram um dia do ano para se sentirem humanas! Aí vem aqueles discursos de pregarem o bem e todas aquelas palavras que foram esquecidas dos outros dias do ano, como paz, amor, fraternidade, saúde...

Época de quem não se tolera o ano todo, abre um belo sorriso e deseja todas as felicidades possíveis. Sem falar na ânsia predatória de comprar.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Frase (ou perdeu a oportunidade de ficar calado)


"Acho isso uma insensatez tão grande... O presidente Lula queria tanto a reeleição e conseguiu: foi reeleito. Imagina se ele agora vai entrar nessa de terceiro mandato? Duvido. Seria um absurdo." Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente.

Agora, pergunta para o FHC se ele achou uma insensatez ser reeleito? De ser Presidente por 8 anos? É de uma leviandade ficar ironizando uma coisa tão óbvia no mundo da política. Entenda, se tem uma coisa que aprendi na Ciências Políticas é que o politico sempre almeja ganhar eleição, seja lá do que for, nem que seja do sindico de prédio. O cara que segue essa profissão não vai deixar de tentar ser reeleito (ao seu cargo ou outro) por achar que não está sendo ético. Isso é bobagem, é conversa para boi dormir. O político sabe que ficar no anonimato é prejudicial para sua carreira e imagem. A política é um jogo, todos que participam dela agem de forma planejada. Ninguém no Congresso Nacional dá apoio, tira apoio, vota, obstrui votação e faz várias manobras, sem tirar algum proveito. Enquanto a um terceiro mandato de Lula, acho difícil conseguir uma manobra tão ousada, o próprio já disse em várias entrevista que acharia um terceiro mandato seu prejudicial para a recente democracia brasileira. Existe a possibilidade num terceiro mandato do PT, continuidade com outro candidato, porque constitucionalmente é possível, mas Isso é outra história...E caso me lembre, o Lula só pode ser reeleito, porque Dom FHC no seu governo, conseguiu no Congresso introduzir a reeleição na constituição. Vai saber como ele conseguiu isso... e ainda dizem por aí que compra de voto começou no mensalão Petista...

Pelo selo, diria que a sua boa imagem me conveceria.

Usando uma tática pifia, o FHC fica ali nos bastidores - parece que não tem coragem de participar diretamente dos embates politicos - fica via Folha SP e Estadão pagando uma de "bom moço". Falou viu!? Cavaleiro da moralidade! Sem querer ficar defendendo Lula ou seja lá quem for, mais FHC, vai dormir, vai!

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Aquilo lá pode ser qualquer coisa, mas Desperate Housewives nunca!

Entusiasmados pelo sucesso mundial da série, os executivos da RedeTV tiveram a perspicaz idéia de fazer uma versão brasileira. Não sou grande fã da série, mas acompanho na RedeTV. Dos dois capítulos que assisti da versão tupiniquim, concluí: Deus! Que bizarro!


Para quem gosta de seriados e se depara com essa tentativa grosseira de adaptação, fica enojado. Sem delongas, classifico a série num único conceito: péssimo!!!

Enumero três pontos que fazem da versão tupiniquim passar longe da versão original.
  1. A sensação que tive quando assisti o primeiro capítulo foi de assistir a uma novela mexicana. Até conferi se estava no SBT. Parece que os atores são dublados e pior a estranha sensação de que a articulação das falas não bate com o som das falas, sim, essa estranha sensação (dá nervoso de vê!) que só em novelas como "a Usurpadora", "Maria do Bairro" e etc despertam na gente.
  2. O elenco não ficou muito parecido não. As semelhanças são mínimas quando têm alguma. Sem falar que era tudo ator encostado, nem novela no SBT ou Record estavam conseguindo. Mas, se for para falar do elenco fico aqui até amanhã. Então, o terceiro ponto abordará a maior bizarrice apresentada em relação a série e ao elenco, principalmente.
  3. Calma! Se você pensou em Sônia Braga, está certo que falar da sua participação gastaria um post inteiro, mas infelizmente o seriado possui uma bizarrice maior. Agora quero que alguém em sã consciência me responda, de onde desenterraram a Lucélia Santos??? Definitivamente não dá para engolir a Lucélia Santos como Susan Mayer. Sem falar que a atriz Teri Hatcher no auge dos seus 43 anos é linda. A personagem Susan exige características que a Teri Hatcher forneceu perfeitamente a série. A personagem é desastrada, atrapalhada, espevitada e importantíssimo, muito sensual. E sensualidade é a última coisa que a Lucélia Santos passará ao afortunado telespectador. Para um personagem tão central os produtores deixaram a desejar.

Vide foto acima. Alguma semelhança???

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Quero ser Rob Gordon! Part II

Continuando os "Top 5" de my life:

top 5 - Livros (essa é complicada)
1 - Tristes trópicos - Levi-Strauss
2 - Mémorias de Adriano - M. Youcenar
3 - Cem Anos de solidão - G. G. Marquez
4- Noites Brancas - Dostoievski
5- Encontro Marcado - Fernando Sabino

top 5 - Carros que queria ter
1 - Rural
2 - Belina I
3 - Fusca
4 - Variant I
5 - Maverick

top 5 - Elma Chips
1 - Fandangos
2 - Banconzitos
3 - Pingo D'ouro
4 - Ruflees
5 - Cheetos Queijo Bola

top 5 - Jogos de Buteco
1 - Sinuca
2 - Truco
3 - Copo de cachaça (versão alcoolizada de Copo d'agua)
4 - Purrinha
5 - Fazer enigmas com palitos de dente

top 5 - Meus times do coração
1 - Atlético Mineiro (claro q é o Galão!!!)
2 - Democrata - SL
3 - Praça Tiradentes
4 - Safadin Esporte Clube
5 - A.S. Roma

Quando conseguir pensar em algo "mais" consistente, voltarei com os top 5.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Quero ser Rob Gordon!


Meu filme de cabeceira é High Fidelity . Foi dirigido por Stephen Frears, um filme de 2000 baseado no livro de Nick Hornby. Jonh Cusack faz Rob Gordon, uma atuação meramente perfeita. Altamente recomendável!!!

Usufruindo de tempo vago nas férias assisti pela 12 vez o filme. Então, repensando bastante em momentos da minha insignificante life, resolvi enumerar alguns assuntos no intuito de não esquecer algumas influências. Todo mundo depois de ver ou ler High Fidelity, sempre faz "top five" das coisas. Então, olha o meu aí:

Top 5 - "educadoras"
1 - Sylvia Saint
2 - Simony Diamond
3 - Angel Dark
4 - Jessica Fiorentino
5 - Bella Donna

Top 5 - Jogadores que vi jogar
1 - Ronaldo Gaúcho
2 - Denílson
3 - Ronaldo ex-Gordo e Cicarelli
4 - Alex
5 - Romário

Top 5 - Personagens de quadrinhos
1 - Homem-aranha
2 - Wolverine
3 - Surfista Prateado
4 - Jonh Constantine
5 - Spawn

Top 5 - Cervejas
1 - Boehmia
2 - Brahma
3 - Antarctica
4 - Skol
5 - Quiçá a Kaiser!?

Continua...

terça-feira, 19 de junho de 2007

Renan Calheiros que o diga

Uma vez um diplomata francês chamado TALLEYRAND ponderou: "O poder despreza aqueles que não sabem ocupá-lo."

Não entendo uma coisa!? O cara apresenta documentação falsa. O lobista, a amante e o advogado dela apresentam provas. Demonstram que o dinheiro da pensão veio por via ilegal. É evidente o tráfico de influência que o Senador praticou com seus "muy" amigos da empreitera Guantamo.
E ainda têm gente naquele Senado que acha que o Calheiros é inocente! Como diz o José Simão, no Brasil, a piada já é pronta!

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Quase um mês e o impasse continua

Nesta segunda-feira fará um mês de ocupação na reitoria da USP. Os estudantes protestam contra decretos assinados pelo Governador (Tucano) José Serra. Nesta foto que saiu nos jornais do país inteiro, o governador parece dar uma de Fuzzy confusão, personagem das "Meninas superpoderosas". Para quem se lembra da célebre frase do personagem com a espingarda em riste, dizendo: "Tira a mão da minha propriedade!". Cai bem para o Serra na foto ao lado. Entenda o impasse aí abaixo. Peguei no blog da Leandra Leal o resumo que ela fez tá muito bom.

E como sempre a polícia desce o sarrafo em estudante! Deve ser um Hobby! Haja vista a passeata que os estudantes fizeram no dia 30.

sábado, 19 de maio de 2007

Pequena Miss Sunshine

Mesmo em dias de abatimento, papai do céu num deixa tudo ser triste. Eis que caiu em minhas mãos “Pequena Miss Sunshine”. Depois de assistir este filme, vejo esse temperado que é a vida. À la “Bittersweet symphony” do The Verve. Vide algumas ponderações acerca do filme.

Pequena Miss Sunshine

Simplesmente surpreendente!!! Cativante, doce, sensato, sublime, belo. A história de uma família que faz uma longa viagem dentro de uma Kombi amarela na esperança da filha caçula ganhar o concurso de Miss Sunshine. Uma família infeliz. Todos demonstram problemas. O pai tenta vender uma idéia, não muito boa, para virar best-seller. O tio tenta suicídio devido ao fracasso num relacionamento ligado diretamente com seu insucesso acadêmico. O vovô cansado da vida, usuário de drogas. O filho um revoltado com o mundo e odeia a todos. A mãe sendo o alicerce da casa na tentativa de contornar e administrar os problemas familiares. A exceção é a caçula, a pequena Olive que na sua inocência pueril vislumbra os desfiles de Miss.
Não pretendo contar o filme, mas refletir seus aspectos belos. Nem sempre o que é considerado um bom filme é um bom filme. Haja vista os filmes multimilionários com enredos pobres. Sem entrar em mais detalhes do tanto de filme de horror (Jogos Mortais, por exemplo) que preza o lado negro da condição humana, mortes a sangue frio, decapitações e coisas do gênero em nome do entretenimento. Falta beleza no mundo, no cinema, na vida.
O diferencial deste filme é sua mensagem. Como se indagássemos: O que é sucesso? E o que é fracasso? Ou quem é perdedor? Quem é vencedor? Outro ponto é a vida como um circo que devemos buscar aprovação constante dos outros. Essa constante disputa em um ser melhor que o outro. Por olhos da infelicidade, a frustração é o caminho inerente ao conformismo. A família a priori demonstra ser de fracassados, mas não se engane em reconsiderar como perdedores. Palavras de significados diferentes. Veremos isso na fala do Vovô para a pequena Olive: “Perdedor é alguém que tem tanto medo de não vencer, que nem mesmo tenta”. Isso possui uma profundidade no filme, uma máxima implícita no roteiro. Uma vez que o pai é um frustrado em não conseguir vender sua idéia de “9 passos para o sucesso”, mostra-se um perdedor nato. A questão não é o insucesso que obteve com seu empreendimento, mas ele acreditou e tentou. Enfim, todos passam alguma dificuldade, independente da importância, mas que conseqüentemente age na felicidade e harmonia dessa família.
A dificuldade em levar a pequena Olive ao concurso de Miss une toda a família. Antes, a viagem era um martírio, depois, passa a demonstrar para cada um que a união e o apoio nos entes são o amálgama da razão de existirem enquanto família. Na cena que o filho descobre a impossibilidade de completar seu objetivo devido o daltonismo. A mãe, grande interpretação de Toni colletti, tenta confortar o filho, que se encontra em desespero, dizendo que eles são uma família e que na alegria ou tristeza eles não o deixariam de apoia-lo (de cabeça acho q é mais ou menos isso). O belíssimo desfecho dessa cena é quando a pequena Olive vai até o irmão e coloca a cabeça no seu ombro e o faz voltar para Kombi. Aqui a sutileza atinge o sublime.
A cena do tio e sobrinho no cais é muito interessante. O sobrinho não falava pelo voto de silêncio para concretizar um objetivo. Objetivo que não alcançará devido uma descoberta. Decepção abrupta. No cais o tio lhe fala o quanto bom ele ter voltado a falar. Num gesto companheiro invoca o pensador e escritor Proust. Diz que Proust, apesar da vida conturbada e de sofrimento, quando chegou no final da vida viu que os momentos de dificuldade eram os que ele mais aprendeu e que lhe fez se sentir vivo. Enfim, que levar a vida no marasmo ou conformismo não ajuda na compreensão do sentido da vida. E o melhor a fazer é contornar os problemas, passar por cima dos deles. São as pequenas coisas na vida que a fazem ter sentido Fazer como o desfecho do filme, jogar tudo para o ar, mandar tudo à merda e se sentir livre!

sexta-feira, 18 de maio de 2007

...

Dias de reticências...
Por não estar havendo dias melhores. Escrevi esse “joguinho” de palavras.

Caia realidade, caia o real. Caia gota, cada gota. Gota por gota. Daí enche o copo, transborda. Não vai fazer diferença se o tijolo cair em pé ou deitado. A realidade bate à cara. O chão duro do real. Bate à cara. A face arde, queima. A realidade vem assim, jogada. Na cara. Dor latente da incapacidade que envergonha. Acerba vida real. O tangível é o que assusta. Caia na real. Um despertar, como abrir os olhos e descobrir o que estava na palma da mão jamais esteve. Era apenas um sentimento de confiança. Antes, destreza em encarar a vida, sentir os pés no chão. Respirar e estar vivo. Mas o tapete foi puxado. Caia realidade. O duro impacto do real. Desperta um vazio, um vácuo, um nada. Encostos, bases e alicerces. É sentir sua estrutura ruir. Corroer, esfarelar, desmanchar. Sobra ausência. Cruel realidade. Tênue aos anseios, sonhos e metas. Talvez seja por isso. Seja por isso que as pessoas são tão simplistas. É porque a realidade oferece duas alternativas: sim ou não, é ou não é, pra lá ou pra cá, verdade ou mentira, isso ou aquilo, em cima ou em baixo, direita ou esquerda, pra frente ou pra trás! Dilemas. Dicotômicos, soluções indesejáveis, escolhas desgastantes, decisões irreversíveis. A vida em constante trade-off. Não adianta indagar onde foi o erro. Ele é resultado de todo um processo. Vários acontecimentos, ganhos e perdas. Oportunidades desperdiçadas. Desde a criação à libertação. Crescer, não precisar mais dar à mão para caminhar. Antes, foi para aprender, hoje vive à procurá-la. O real aplica a rasteira. Cadê a mão para te levantar agora?

O momento parece oportuno para invocar um belo fragmento de Vinicius aqui.

“Resta essa imobilidade, essa economia de gestos / Essa inércia cada vez maior diante do Infinito / Essa gagueira infantil de quem quer exprimir o inexprimível / Essa irredutível recusa à poesia não vivida (...) / Essa terrível coragem diante do grande medo, e esse medo / Infantil de ter pequenas coragens”.
Vinicius de Moraes

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Soa redundante

A tucanagem deve estar perdida mesmo. O José Serra governador de São Paulo presenteou o Papa de forma muito criativa, acredite se quiser, com uma BÍBLIA!!!

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Da poesia à Lei Áurea

E como nós (tropicais sensacionais) funcionamos no reverso: 119 anos se passaram, estamos no séc. XXI e o negro continua maioria à margem da sociedade.

Um resgate à Castro Alves.

Incluso num curso de humanas. Constato na Ciências Sociais que seus discentes não exprimem tanto interesse na literatura e na poesia. Quando tal interesse existe é visível a preferência por autores estrangeiros. A leitura é vital num curso tão acadêmico como C. S., o discente precisa dialogar constantemente com varias áreas do conhecimento e a literatura é um prato cheio para constatamos traços culturais (costumes, linguagens e ideias) que existiram ou ainda perduram na sociedade. Está semana redescobri Castro Alves, já havia lido alguns dos seus poemas no colégio. Confesso que tive influência do programa Recorte Cultural da TVE Brasil de sábado passado quando passou um verso do autor. Via biblioteca: Castro Alves, Antônio de. Antologia poética. Companhia José Aguilar Editora, 1975.

A proposta aqui é uma dica de boa leitura, é bacana conhecemos mais os autores brasileiros, principalmente, os mais clássicos. Uma característica interessante é a posição abolicionista de seus versos. Um poeta defensor do ideal de liberdade. O poema "Navio negreiro"escrito em Abril de 1868 é um dos mais primorosos do autor. Destaco três passagens belíssimas. Na 4ª parte do poema, o autor descreve a condição dos escravos, uma passagem que nos faz refletir sobre a condição humana. Até que ponto o homem pode ser asqueroso, mesquinho, covarde, numa forma bem hobbesiana ("O homem é o lobo do homem"). Vide 4ª parte na íntegra, porque ela é realmente primorosa:


Era um sonho dantesco... o tombadilho
Que das luzernas avermelha o brilho.
Em sangue a se banhar.
Tinir de ferros... estalar de açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...

Negras mulheres, suspendendo às tetas
Magras crianças, cujas bocas pretas
Rega o sangue das mães:
Outras moças, mas nuas e espantadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs!

E ri-se a orquestra irônica, estridente...
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais ...
Se o velho arqueja, se no chão resvala,
Ouvem-se gritos... o chicote estala.
E voam mais e mais...

Presa nos elos de uma só cadeia,
A multidão faminta cambaleia,
E chora e dança ali!
Um de raiva delira, outro enlouquece,
Outro, que martírios embrutece,
Cantando, geme e ri!

No entanto o capitão manda a manobra,
E após fitando o céu que se desdobra,
Tão puro sobre o mar,
Diz do fumo entre os densos nevoeiros:
"Vibrai rijo o chicote, marinheiros!
Fazei-os mais dançar!..."

E ri-se a orquestra irônica, estridente. . .
E da ronda fantástica a serpente
Faz doudas espirais...
Qual um sonho dantesco as sombras voam!...
Gritos, ais, maldições, preces ressoam!
E ri-se Satanás!...

O segundo destaque é a indignação do poeta pela escravidão, condição que privou pessoas de suas vidas, isto é, do valor mais digno considerado essencial da condição humana pelo autor, a liberdade. Vide fragmentos da 5ª parte, respectivamente, estrofes I, II, III, V, VIII e IX:


Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus!
Se é loucura... se é verdade
Tanto horror perante os céus?!
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
De teu manto este borrão?...
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão!


Quem são estes desgraçados
Que não encontram em vós
Mais que o rir calmo da turba
Que excita a fúria do algoz?
Quem são? Se a estrela se cala,
Se a vaga à pressa resvala
Como um cúmplice fugaz,
Perante a noite confusa...
Dize-o tu, severa Musa,

Musa libérrima, audaz!...

São os filhos do deserto,
Onde a terra esposa a luz.
Onde vive em campo aberto
A tribo dos homens nus...
São os guerreiros ousados
Que com os tigres mosqueados
Combatem na solidão.
Ontem simples, fortes, bravos.
Hoje míseros escravos,
Sem luz, sem ar, sem razão. . .

[...]

Lá nas areias infindas,
Das palmeiras no país,
Nasceram crianças lindas,
Viveram moças gentis...
Passa um dia a caravana,
Quando a virgem na cabana
Cisma da noite nos véus ...
... Adeus, ó choça do monte,
... Adeus, palmeiras da fonte!...
... Adeus, amores... adeus!...

[...]

Ontem plena liberdade,
A vontade por poder...
Hoje... cúm'lo de maldade,
Nem são livres p'ra morrer. .
Prende-os a mesma corrente
— Férrea, lúgubre serpente —
Nas roscas da escravidão.
E assim zombando da morte,
Dança a lúgubre coorte
Ao som do açoute... Irrisão!...

Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me vós, Senhor Deus,
Se eu deliro... ou se é verdade
Tanto horror perante os céus?!...
Ó mar, por que não apagas
Co'a esponja de tuas vagas
Do teu manto este borrão?
Astros! noites! tempestades!
Rolai das imensidades!
Varrei os mares, tufão! ...


Haja vista nos destaques anteriores que o autor usufrui de muita eloquência e em muitos momentos essa eloquência supera a estética poética. O último destaque se refere a alegação do autor em proferir a sociedade brasileira da época como culpada de aceitar e ser conivente com a escravidão. Vide 6ª parte:


Existe um povo que a bandeira empresta
P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!...
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!...
Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,
Que impudente na gávea tripudia?
Silêncio. Musa... chora, e chora tanto
Que o pavilhão se lave no teu pranto! ...

Auriverde pendão de minha terra,
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
E as promessas divinas da esperança...
Tu que, da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvessem roto na batalha,
Que servires a um povo de mortalha!...

Fatalidade atroz que a mente esmaga!
Extingue nesta hora o brigue imundo
O trilho que Colombo abriu nas vagas,
Como um íris no pélago profundo!
Mas é infâmia demais! ... Da etérea plaga
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!
Andrada! arranca esse pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta dos teus mares!



Uma coincidência inesperada

Para minha surpresa, na semana que redescobri Castro Alves coincidiu dos 119 anos da Lei Áurea, domingo último, dia 13 de maio. De fato, faço um vínculo aqui meio arbitrário, mas é uma boa data para refletirmos um pouco sobre as diferenças raciais no Brasil. Parece que aqui, os problemas de uma "herança escravista" foram superadas. Na realidade não foram. No Brasil têm um senso comum de achar que aqui é a "terra da mistura", onde os povos se dão bem e coisa e tal. O problema não é se essa "herança" foi superada ou não, mas a falta de um debate nacional amplo e contundente, principalmente da grande mídia. Aqui na universidade mesmo, ninguém lembrou do assunto, seria uma boa data para que nesta semana acontecessem seminários e palestras acerca das diferenças raciais. Parece haver um "certo" esquecimento que infelizmente produz a sensação de que já contornamos quaisquer problemas raciais. Entretanto, as estatísticas mostram que não avançamos muito.
  • Segundo o Atlas Racial Brasileiro de 2004, publicado pela PNUD (ONU). 65% dos pobres e 70% dos indigentes brasileiros são negros. A taxa de mortalidade infantil entre os filhos de mulheres negras é de 66% acima da taxa entre os filhos de mulheres brancas.
  • Na pesquisa denominada "Retrato das desigualdades: Gênero e raça", realizada pela Unifem da ONU e o Ipea. 21% das mulheres negras são domésticas e apenas 23% delas possuem registro. Em contrapartida, das mulheres não negras, 12,5% são domésticas e desses 12,5%, 30% possuem registro.
  • Em 2003, 16,8% dos negros com mais de 15 anos eram analfabetos. 7,1% dos não negros com mais de 15 anos eram analfabetos.
  • Com um país que a metade da população é negra, apenas 5% de todos os alunos de universidades são negros.
  • Segundo o site Congresso em Foco, os representantes afrodescendentes correspondem a 2,5% do parlamento.

E aí? O que você acha? Será que podemos deixar passar esta data em branco?

terça-feira, 8 de maio de 2007

O Papa vem aí...

Como as coisas têm vínculos! Do Papa à policia, passando pela violência e rindo do José Simão.

Que Deus me perdoe, mas esse Pontífice dá medo. O frisson é geral, como falei aqui duas semanas atrás, parece que é Jesus em pessoa que irá chegar em terras tupiniquins. Sacrilégios à parte. Sem dúvida o ponto positivo é a esperança através da fé que um momento como este promove para a maioria das pessoas. Haja vista o nosso cotidiano duro que passamos no Brasil. Um ponto interessante é o oneroso sistema de segurança que o exercito brasileiro elaborou para a proteção do "representante mais perto de Deus". À la George W. Bush meses atrás, a visita papal irá mobilizar 7,3 mil policias civis e militares, além de mil policiais federais e da guarda suíça (Aquela que faz proteção lá em Roma). E mais, segundo o portal Terra, "O esquema da Polícia Federal contará com postos móveis e fixos espalhados pela cidade, além de atiradores de elite no alto de prédios próximos aos locais onde o Papa estará. As operações de trânsito envolvem 2 mil agentes, 557 viaturas, 8 mil cavaletes, 1 mil cones, 750 mil folhetos informativos, 550 faixas de orientação e 20 placas de sinalização. Algumas ruas ficarão fechadas durante a passagem do papamóvel". Não podemos esquecer dos 6 helicópteros do exercito e o helicóptero presidencial. Essas coisas que não entendo! Para nós aqui a falta de segurança corre solta, investimento é zero. A violência urbana alarmante, guerra civil no Rio e investimento para combater cadê? Precisa disso tudo para essa tal visita? Igual foi aquela bobagem com o todo "burro" poderoso Bush, esse daí ontem falou que a Rainha da Inglaterra têm 200 anos. Os ingleses com sua alma aristocrata devem ter dito: "Mas que falta de modos! Oh my God! Justo a rainha?! Santo Deus! Oh! Yankes malditos! Oh! Não têm um pingo de classe. Por isso somos superiores. Oh!". Uma outra coisa, estava reparando a atitude da policia ultimamente nos noticiários do Rio e São Paulo, ela se diz preventiva, mas age repressiva, o tempo todo. Já invade favela botando para quebrar. Naquela repressão aos ataques do PCC, até agora o Estado de São Paulo, governador tucano?!, não pronunciou de forma contudente sobre as quase 140 execuções em uma semana. A Anistia internacional cobrou, mas explicações que é bom, nada. As coisas no Brasil sempre funcionam no reverso!

Na sua coluna de terça-feira(dia 8 de Maio de 2007) José Simão ironiza, "estão batizando tudo pra chegada do Papa. Principalmente a gasolina. O Brasil é um país tão católico que até a gasolina é batizada. Vou acabar trocando o meu tanque de gasolina por uma pia bastimal! [...] E essa manchete: 97% dos brasileiros acreditam em Deus. Eu também. Eu acredito em Deus. Deus é que não acredita em mim!".
Quem deve estar adorando a visita papal são os alunos das PUCs pelo Brasil. Não haverá aula devido a "importância" do evento.

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Do Papa à esperança, sem deixar de alfinetar o PFL

O entusiasmo é tão grande, mas tão grande que parece que é Jesus Cristo em pessoa que vai dar as graças em terras Tupiniquins. Entretanto, a comoção da visita do Bento XVI é bonita e constata uma premissa na sociedade brasileira. Além da fé irrefutável dá maior nação católica do planeta. O povo está cansado de tanta tragédia no cotidiano, o apelo para fé enche as pessoas de esperança para encarar a vida agrura que se tornou cada dia. Nossos problemas sociais são tão latentes, graves e urgentes (violência, guerra civil no Rio de Janeiro, colapso na saúde, falcatruas e corrupção na política, desemprego e etc) que aqueles detentores do poder para mudar muitas situações, preferem fazer CPI que sempre não resulta em nada, ao invés de fazer politica séria voltada a população, principalmente, os mais necessitados. Os Democratas (ex-PFL) dizem que bolsa escola e bolsa família é caça voto, medidas "eleitoreiras". Se for beleza. Agora pede para eles apresentarem um projeto de âmbito nacional contundente que faça políticas públicas e reformas necessárias. Eles não fazem!!! Preferem ficar fazendo CPI para incriminar o PT, ou melhor, fazer o que mais gostam: oposição somente para falar que fazem oposição. Enfim, somente fazem picardias com os assuntos de governo. Se faz oposição, porque não apresentar um projeto alternativo, uma vez que o governo nunca consegue dar conta de tudo, e nunca deu mesmo. O que sobra para nós é apelar para Deus mesmo. "A coisa aqui tá preta!", Chico já havia dito.

Maio promete

Estou preparando um texto voltado para aqueles que ficam pichando os muros de BH com palavras de ordem revolucionárias. Entendo que tais pessoas deveriam gastar seu entusiasmo e energia por uma via mais contundente. Deveriam estudar mais e ler realmente Marx e não interpreta-lo de maneira equívoca por intermédio de pessoas que tentaram interpreta-lo. Vale também para aqueles que fundam partidos e gremiações que escrevem artigos com discursos antiquados (parece que a gente vive no final do séc. 19, capitalismo primitivo). O mundo hoje é bem mais complexo. Aguardem. O texto está em fase final de elaboração.

sábado, 28 de abril de 2007

Quando a gente pensa que acabou...

Foram três meses voltados a um evento. Em todo lugar, bancas de jornal, na Internet, na televisão, nas filas de banco, padaria, supermercado (e o caralho a quatro!), o assunto estendia somente a Big Brother Brasil. Para muitos a sensação do momento, para poucos o inferno na terra. Quando a gente pensa que acabou, o pior está por vir: aguentar aspirante a famoso, isto é, BBBs em tudo que é lugar. De fato, um ponto positivo na ótica machista é a "importantíssima" função social de definir quem será a próxima capa da Playboy ou Sexy (obs: vide Playboy da Fani, recomendo!!!). Entretanto, o curso negativo desse programa é fazer as pessoas engolirem na programação de todos os canais e principalmente na Globo, a tentativa ostensiva dos ex-participantes vislumbrados a possuírem a fama, acharem que são atores, comediantes ou modelos e aparecerem em tudo que é programa. Haja paciência! As pessoas antes de quererem ser alguém de fato, querem mesmo é ser famosas. A cada dia parece que as pessoas sentem mais necessidade de serem aceitas pelos outros, sei lá, o brasileiro deve ter um problema crónico de auto-estima ou deve ter muita para querer demonstra-lá para Deus e o mundo. Programas como o BBB devem sim existir, pois é entretenimento, falta é as pessoas terem senso crítico para saberem dosar as coisas. Parafraseando Marx: "a televisão no Brasil é o ópio do povo"(Fanfarrices à parte). O problema é o reverso que as coisas tomam no Brasil. A guerra civil no Rio de Janeiro continua, nunca morreu tanta gente de bala perdida como neste ano, os deputados aprovaram aumentos do próprio salário no início do ano e nós?! Enquanto isso, as pessoas preocupados se um "zé mané" chamado Alemão vai ou não ganhar 1 milhão de reais e se no final do programa vai, ainda, "pegar" uma baita loira gostosa. A comoção nacional para este tipo de assunto é um fenomeno inacreditável, agora, para aquilo que realmente nos atinge...Gostaria de ver esse entusiasmo sendo usado para sanar nossos problemas sociais, por isso Brasília é um verdadeiro "parque de diversões" cuja 99,9% da população não pode "brincar". Conforta saber que uma hora dessas o Alemão deve estar rindo dos "otários" que o presentearam, via Internet, ligações e msm de celulares, com 1 milhão a troco de que: andar semi-nu, beber, fumar e "coçar" o dia inteiro dentro de uma casa isolada do mundo. Que original! Falta senso crítico galera! No primeiro paredão a Rede Globo arrecadou aproximadamente 4 milhões de reais, algumas fontes dizem que no paredão mais disputado a quantia arrecadada foi quase 19 milhões. Olha que bacana, nós ("tropicais sensacionais") acabamos de criar o efeito Robin Hood ao inverso, dá mais para quem já tem muito! No Brasil é latente a "síndrome do Big Brother", agora deu para todo mundo querer ser famoso, aparecer. Está em alta agora a modelo (ela se intitula assim) Sheila Almeida que posou para a Revista Sexy deste mês, a garota colocou 1200ml de silicone, te pergunto para quê? Ontem vi uma entrevista com a senhorita Almeida, ela não consegue nem falar português. Quando disse quanto de silicone colocou no corpo de vez falar mililitros, disse "kilomegramas", disse que almeja entrar no Guinnes Book, cujo nome do livro custou a pronunciar. Sem mencionar a onda funk carioca e "breganeja" entre outros.